Caminhávamos ao som do aspirador. As bermas alternativas da estrada intrometiam-se na visibilidade, como pregos que invadem ranhuras, como estrelas que empurram o espaço.
Tínhamos os pés num crivo e as solas dos sapatos igualavam-se a um mapa astral.
A léguas, quilómetros, qualquer medida que vos ocorra de distância, o cume de uma estratosfera balançava num flutuante rochedo. Era nesse espaço, nesse ponto único que amansava todo o planeta, que o nosso destino residia.
Os pássaros abandonavam o ninho. O som do aspirador permanecia.
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