Dedicado a Eduardo Cardoso,
Que me ajudou nesta fase contraditória, um
Für Immer
Quero estar no meu quarto,
(Porque eu adoro o meu quarto)
E ter esta percepção genuína.
Eu embrenhado na noite... Que trato!
Apenas eu e a escuridão
No meu quarto de ameias encerrado
Sem janela nem modas apetrechado
Movendo entre a mansidão.
É um consolo que me assiste
O estar aqui dentro sem haver lá fora
Ser eu próprio, aqui e agora
Onde a música religiosa atriste.
Prelúdio para uma noite cerrada,
Clarinete dentre o quarto hermético
E musicalidade ao meu ouvido estético,
A nada errante a sons prelada.
Que seja esta religiosidade musical,
Esta religiosidade latente aos meus ouvidos
A primavera atonal dos meus sentidos
E nem sempre estes versos avulsos capital.
Recordar esta noite que me sustém...
Carregada de breu, em tudo abaulada.
Fora dos meus nervos, então desarranjada...
Aconteceu-me a noite em Belém.
E os guizos são outros, revelados.
E faz crer que o quarto está a léguas
Ainda que alta lassitude, tréguas...
Onde a lucidez e amor velados.
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