Num mar de sondas as galáxias pretas expandiam-se à velocidade de um universo. Um bloco sem rosto pairava sobre elas, intermitente.
Observei-as durante algum tempo e percebi que já não nos amáva-mos. Observei-as mais, longamente, e percebi uma península materializada nas rectas espaciais.
O espaço não era a questão. Eu apenas captava, piscar a piscar de olhos, imagens sardónicas do nosso fim.
Armazenadas as memórias nas retinas, os hologramas quebraram arduamente as penínsulas. E dividiram prismas de território, num mar de sondas, em galáxias pretas.
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