Li há tempos um artigo que referia que "a bicicleta é o veículo mais eficiente do mundo". Não sei se concordam. Mas na minha mente faz bastante sentido.
Hoje deixei-me ir por certas inclinações de alcatrão. Montado numa bicicleta, que mantenho há algum tempo, verifiquei que a paisagem escorregava como uma sequência de slides. Lenta. Arrebatadora.
O sol abrasava. A planície brilhava em seu dourado poético. O gado pastava inerte na calma própria do Alentejo.
Do outro lado o mar. Extenso. Eterno. Acompanhando-me, rebentação azul, pela estrada fora. Oculto somente, em certos pontos, por dunas altas e pequenos montes.
Toda esta paisagem me parecia benéficamente demorada. Como se eu flutuasse pelo asfalto, palmilhando um paraíso divino.
Cheguei ao meu destino sem gastar um tostão. Apreciei a viagem como não é possível num automóvel. Não poluí.
Eis porque prefiro a bicicleta. Um veículo não poluente e barato. Que ainda nos oferece exercício físico trazendo benefícios à saúde.
Sim. Veículo mais eficiente do mundo. Faz sentido.
Que refrigério! Tomaste uma bela iniciativa; bicicleta, mar... Muito bom. Bebi todas as tuas palavras. Só é pena que por estas paisagens não haja nem uma partícula de mar; aqui o clima é inerte, estaque e seco. Que inveja.
ResponderEliminarCaro Beuys,
EliminarDeverias tirar uns dias e vir ver o que é o Litoral Alentejano. Um encanto. Dificílimo de se abandonar quando se trata do regresso a casa.
Obrigado.