quarta-feira, 30 de abril de 2014

Where You Lived And What You Lived For





Hoje entrei na Sé de Braga; estava um silêncio meditabundo de princípio de tarde, quando o sol atinge de chofre todas as franjas do cabelo. O acólito tem uma presença perversa, apesar de o achar poético; percorre as naves da catedral com ensejo insuflado. Um empertigado de merda, penso para os meus botões. Além disso tem os olhos rombos de tantas lágrimas salgadas de sombra. Doente episcopal. E há nisso tudo poema. E há nisso tudo acordes medievais. E música por fundo. E há poema nas cabeças cobertas de preto das velhas. E há um arco que vibra nas cinco cordas do quintão.    

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